Um blog diferente de tudo que você viu antes!(Ou não)

20 de julho de 2010

Luna - Parte 2(Continuação)

Luna já tinha em seus primeiros anos de vida, uma missão a cumprir. A missão de ser feliz, incondicionalmente. Sua felicidade deveria ser passada ao próximo como uma missão. E a sua simples chegada neste mundo já havia trazido a alegria a seus pais, Romeu e Julieta, mais felizes do que nunca.

Porém com apenas cinco anos de vida, Luna já teve sua primeira batalha pela vida, descobriu-se que ela tinha uma doença rara, que se não fosse cuidadosamente tratada, poderia levá-la a morte. Sem duvidas essa notícia foi um grande baque para toda família, mas a pequena Luna, em sua inocência infantil, era a única que ainda conseguir sorrir e se alegrar.

Sua alegria se resumia nos momentos mais simples de sua ainda curta vida, se resumia na brincadeira com suas bonecas, na brincadeira de pega-pega com seus amiguinhos do bairro onde sua família morava.

O tempo passa e Luna já se encontra com 12 anos, seus pais ainda continuam casados e o tratamento de sua doença vem dando certo, porém, ainda não foi descoberta a cura. A única esperança é que seu organismo resista à batalha entre a doença e o tratamento!

Mas infelizmente seu organismo infantil já começava a dar sinais de que estava cansado de travar essa batalha, começava a fraquejar. A sua doença exigia cada vez mais doses do remédio, o que tinha efeitos colaterais que começavam a se agravar.

Luna tenta resistir à doença o quanto pode. Seu organismo luta para sobreviver. Seu corpo luta pela existência. Luna luta pela vida! Numa madrugada fria, seu corpo apresenta sinais de que a batalha conta a doença está chegando ao fim, porem os sinais são de que a doença levará a melhor.

Romeu rapidamente leva Luna para o hospital onde seu pediatra que tratava de sua doença estava de plantão. Nossa querida criança foi levada as pressas para o CTI, pois sua doença estava apresentando sintomas fortíssimos e os remédios não conseguiam fazer efeito.

Foi quando Luna, do alto de seus 12 anos, pediu para chamarem os seus pais. Desejo atendido. Luna pede a palavra, pede para que a deixem partir, onde poderá ser feliz e cumprir sua missão nesse mundo. Os pais refutam, dizem para ela ter esperança. Mas ela deseja acabar com seu sofrimento. E diz:

- Papai, mamãe, eu os amo muito, mas, por favor, me deixem partir, não agüento mais sobreviver com tantas dores por causa da doença. Só isso que lhes peço.

Seus pais caem ao choro ao ouvir as palavras de sua filha, que prossegue:
- Sejam felizes, façam o bem, lembrem-se sempre de mim nos momentos felizes, apague minhas tristezas da memória. Lembrem que eu vim ao mundo para trazer felicidade e não para fazer vocês chorarem.

E assim pede para que os equipamentos que injetam seus remédios fossem desligados.
E na noite seguinte, Luna se despede desse mundo. Seus pais, Romeu e Julieta, seguram o choro conforme prometeram para sua filha.
Luna cumpriu sua missão, fez feliz todos àqueles que a rodeavam, e ela pode ter certeza, que aqueles foram os 12 melhores anos da vida de todos!

FIM.

Luna - parte 1

Ela chegou durante a noite, depois de mais um dia cansativo. Ela trabalhava durante o dia e concluía seus estudos à noite. Mas aquele dia tinha algo de especial, algo inacreditavelmente diferente aconteceu na sua vida.

Uma pessoa havia cruzado o seu caminho nesse dia, uma pessoa que ela, que fazia o mesmo caminho todos os dias e no mesmo horário, jamais havia visto. Ele era o tipo de homem dos sonhos de toda mulher, e estava na frente dela, parado em frente à vitrine da loja onde Julieta, esse é o nome de nossa protagonista, trabalhava. Romeu, o tal homem, entra na loja e pede informações a uma outra vendedora. Porém é Julieta que chama a atenção, com toda sua beleza.

Julieta era alta, pele branca e cabelos bem negros. Sua beleza freqüentemente chamava a atenção dos homens na rua e era constantemente paquerada. Mas ela nunca dava ouvidos. Guardava seu amor para uma pessoa especial. E ela estava a sua frente!

Romeu a admirava, impressionado com sua beleza. Julieta, inevitavelmente, retribuía a admiração, afinal, ela também não conseguia ver mais nada, apenas ele. A outra vendedora foi rapidamente dispensada e Romeu decidiu pedir a tal informação a Julieta.

Além da informação que ele desejava, uma localização de uma rua qualquer, veio um convite para um café. Convite que foi prontamente aceito por Julieta. Entre um gole e outro, muito papo e troca de olhares. Entre esses olhares, um convite para um jantar. Meio rápido? Talvez. Mas quem disse que o amor respeita o tempo?

Por esse convite, Julieta ficou o dia todo radiante, ela havia encontrado o amor da sua vida, o seu “príncipe encantado”. Ansiosa pela próxima noite de sexta, dia marcado para o jantar.

Na sexta fera ela estava mais bonita do nunca. Cabelos radiantes, chamava mais ainda a atenção de todos os homens, mais do que o comum. E como sempre ela ignorava todos, seu coração já tinha dono, pertencia a Romeu. E falando em Romeu, ele também só pensava em Julieta, dia e noite, ela não saia de seus pensamentos, estava cravada no seu peito, entranhada em sua mente.

Chegou a hora, Romeu para o seu carro em frente à loja onde Julieta trabalhava. Ele buzina e ela entra no seu carro. Um beijo no rosto, tradicional como sempre, e rumo ao restaurante. Durante o jantar, papo vai, papo vem, música rolando, eles resolvem dançar. Música mais lenta, corpos colados um ao outro durante uma música romântica, e é nesse clima que surge o primeiro beijo entre eles. Um momento de êxtase, alegria e nervosismo. Pensavam se poderia dar certo, se um possível relacionamento seria duradouro e feliz. Só o tempo responderia. E ele tratou de responder.

Mais alguns encontros e um pedido de namoro. Meses de namoro, e aí o noivado, do noivado para o casamento. Desse casamento entre Julieta e Romeu, nasce Luna, filha de um relacionamento imprevisível, assim como os contos de Shakespeare...
Mas quem disse que o amor é previsível?